A Ciência da Ascensão Espiritual

Ascensiologia é a Alta Ciência da Iluminação dos Mestres de Sabedoria, os Chohans. A Projeciologia entra aqui apenas como um treinamento preliminar. E como sugere a doutrina indiana dos Vimanas, a Ufologia é uma capa externa ou uma versão exotérica do tema.

Ascensão é a passagem da esfera solar da Hierarquia, para a esfera cósmica de Shambala, pelo portal da Sexta Iniciação, relacionada aos Sete Sendeiros de Evolução Superior dos teósofos.

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O CARÁTER CÓSMICO DO BUDISMO MAHAYANA *


Além da Cabala, talvez a única doutrina que se compare à Mercabah em vastidão e profundidade seja o Budismo Mahayana e Vajrayana. Ao contrário da palavra "cristianismo", que pouco significa em si, a palavra "budismo" é exata porquanto tal doutrina ensina positivamente acerca da natureza dos Budas. Neste sentido, o Budismo apregoa doutrinas tão amplas e variadas, que são capazes de servirem mesmo aos Iniciados cósmicos (Bodhisatvas, Budas), de forma direta ou através das analogias que oferece.

Os vários panteões trazidos pela Escola Vajrayana do Tibet, ilustram muitas classes de hierarquias, reunidas em mandalas de Bodhisatwas, Dhyani-Budas, Taras, Daquinis, Herukas, etc. As duas auras dos Budas (cardíaca e coronária) estão relacionadas aos dois planos da Mercabah e se referem positivamente aos dois arcos ou momentos evolutivos de santificação do Bodhisatwa e de glorificação do Buda, simbolizados pelas suásticas opostas.

Na verdade, nisto tudo se observa uma influência hinduísta tão poderosa, que alguém poderia ser levado a perguntar a razão desta "cópia" e, especialmente, a indagar como este aparente "plágio" teve tamanho sucesso e oportunidade. Ocorre porém que, face à evolução das raças, fazia-se mister uma nova energia e um novo dharma. Para isto veio ao mundo um novo Avatar na figura de Gautama, reconhecido pelos hindus ao incorporá-lo no seu próprio panteão de Encarnações de Vishnu. Tal como Jesus não veio revogar a velha lei de Moisés mas completá-la, o Buda tampouco veio revogar a lei hierárquica de Krishna, mas sim apresentar novos métodos espirituais, menos formais. Neste sentido é que certos comentaristas criticam nas correntes "tardias" do budismo a profusão de deuses, numa doutrina originalmente tão "pura" que sequer representava ser um religião, mas antes uma filosofia ou até uma psicologia. Demonstram com isto ignorar a natureza do conhecimento ocultista e não compreender a evolução natural do Budismo, que assimilou e renovou todo o corpo doutrinal hindu. Do Hinduísmo restaram hoje doutrinas mais genéricas, ao passo que o Budismo oferece uma aplicação ocultista bastante mais pragmática.

Cabe também observar o caráter cósmico potencial do Budismo, entrevisto na sua aproximação com a escola da Mercabah. O ciclo áryo, centralizado no Oriente, teve como dharmas principais o Hinduísmo e o Budismo. E este foi o ciclo da quintessência, de modo que tudo o que foi ali realizado apresenta um caráter por assim dizer "profético", na medida em que prepara as energias raciais para a grande transformação vindoura do mundo, que trará a Vª Ronda cósmica do nosso planeta. Basta observar para isto, que o próximo Buda aguardado pelos orientais –chamado Maitreya– será o quinto Buda, mais especificamente, o 5° Adi-Buda, ou Buda cósmico, "planetário" e não meramente racial. Esta é pois uma das explicações do vínculo misterioso existente entre Krishna e Maitreya. Até agora Maitreya tem permanecido como um Bodhisatwa no céu de Tushita, mas seu advento profético pode ser entrevisto em muitas antigas doutrinas. As doutrinas da Mercabah também preparam de forma mais ou menos consciente este novo momento cósmico de ascensão da Terra.

O Voto de Bodhisatwa


Existem Sete Sendeiros de Evolução Superior que os Mestres podem optar por tomar após alcançar a Sexta Iniciação. Neste grau eles realizam o contato definitivo com suas mônadas, e sabem exatamente qual a natureza sétuple de suas essências divinas.
Estes Sendeiros possuem várias associações, e é natural que, assim como se relacionam às individualidades superiores dos Mestres, também existam tendências definidas para cada época. Na época atual, um dos Sendeiros mais importantes é o do Serviço da Terra, seja porque estamos atravessando a Quarta Ronda planetária, seja porque estamos no âmbito do Sexto Raio.

Aquele que toma este sendeiro realiza, consciente ou inconscientemente, o Voto de Bodhisatwa, que consiste em renunciar à abandonar o planeta, de qualquer forma que seja, e persistir trabalhando pela redenção do mundo de forma independente do sofrimento que isto lhe possa causar. O voto envolve gestos, pensamentos e palavras, e numa versão budista clássica, toma a seguinte forma:

"Eu tomo sobre mim o peso de todo o sofrimento, eu estou determinado a suportá-lo. Eu não voltarei atrás, não fugirei, nem tremerei, não terei medo, não renunciarei, nem hesitarei –E por quê? Porque a liberação de todos os seres é o meu voto...
"Eu estou trabalhando para o estabelecimento da incomparável esfera do saber entre todos os seres. Eu não estou somente cuidando da minha própria salvação. Todos os seres devem ser salvos por mim do oceano de samsara pelo veículo do conhecimento perfeito." (Vajradvaja Sutra)

Quando o voto alude à "salvar todos os seres", esta "salvação universal" não representa propriamente atuar de forma individual em favor de cada ser, porque o trabalho do Bodhisatwa tem resultados de alcance coletivo.

Estes votos devem ser confirmados, senão regularmente, ao menos em certas datas-chaves, como as das passagens de ano, mas também diante de grandes decisões e iniciações.

O Voto de Bodhisatwa pode ser feito desde o momento em que o indivíduo ingressa no caminho espiritual, mas ele apenas pode ser feito até a terceira iniciação. Este seria, na verdade, o momento ideal para a realização deste voto, porque dele depende o avanço no caminho espiritual na Terra. Sem este voto, não é possível alcançar o grau seguinte –a iluminação– na Terra neste eón, de modo que o caminho se atrasaria muito. E é este voto, precisamente, que dá forças ao iniciado para suportar as terríveis provas do Quarta grau, denominada a Crucificação espiritual.

Assim, todo aquele que decide prosseguir evoluindo nesta vida, após realizar o alinhamento da Personalidade que proporciona as mais altas conquistas humanas, realiza naturalmente o voto de Bodhisatwa. Quando Jesus afirmou: "Pai: Que seja feita a tua Vontade, e não a minha", ele estava confirmando os seus votos. Mais recentemente, quando Maitreya declarou com o mesmo espírito: "O quê representa a dor de um homem diante da dor do mundo?!", também estava afirmando a sua determinação de serviço incondicional.

Por isto, é mais produtivo manter a consciência do caminho pessoal, ao mesmo tempo em que se segue avançando neste mesmo ciclo através do Sendeiro de Serviço Terreno. Diz o Tibetano a respeito:

"(...) ao receber a sexta iniciação, todos os Mestres por sugestão do Cristo continuam tomando a decisão que controlará seu futuro progresso em um dos sete Sendeiros de Evolução Superior, mas –ao mesmo tempo– todos Eles tem proposto postergar este progresso nos Sendeiros que têm elegido, para complementar e ajudar durante um breve espaço de tempo no trabalho do Cristo e na exteriorização da Hierarquia, por intermédio de alguns de Seus ashrams." (Alice A. Bailey, Os Raios e As Iniciações, pgs. 536-7, Ed. Kier, Bs. Aires).

É dito também que esta permanência é solicitada pelo Senhor do Mundo a fim de se cumprir as necessidades evolutivas do planeta. Mas este "Cristo" que sugere a permanência no serviço da Terra, é também o Cristo interior ou a Consciência crística dos Mestres, que faz com que percebem as necessidades de seus serviços nesta Terra. Como eles não tem ilusões e se acham acima da dor e do prazer, estão capacitados a realizar tais esforços.

No momento atual da Terra, quando o planeta ingressa na fase final de sua Quarta etapa cósmica, devemos reafirmar em conjunto os Votos de Bodhisatwa, a fim de que o mundo possa concluir esta etapa intermediária de sua evolução cósmica, e se dirigir para o "Dia em Que Deus Será Conosco", na breve ronda planetária futura.

Metatron, Mithra & Maitreya

Segundo a literatura da Tradição gnóstica da Mercabah, Metatron é o nome que Enoch recebeu ao ascender ao sétimo céu, de onde teve a visão da Mercavah, o carro divino (o mesmo tendo ocorrido com Maitreya durante o Portal do Sol regido pela sétima Sephirah chamada Tipheret, quando recebeu a Revelação suprema). Enoch foi o primeiro a ser relacionado ao carro celeste em função de sua misteriosa ascensão a Deus (cf. Genesis 5, 21). Os dez Patriarcas existentes antes de Noé integram uma "Árvore Sefirótica", e o sétimo deles, Enoch, viveu 365 anos, número de dias do calendário solar, sendo que a sétima Sephirah é a do Sol (no Egito, 365 anos formavam sub-ciclos de "Anos Divinos" do Ciclo Sótico ou Siríaco, na fórmula 365x4=1.460). Da mesma forma Rama, príncipe da Dinastia do Sol, foi o sétimo dentre os dez principais Avatares de Vishnu.

A etimologia e a origem da palavra seguem, na verdade, em discussão. Sua única interpretação deriva do grego metathronon, que significa "próximo ao trono". Helena P. Blavatsky inclui a versão: "Hebr. O cabalístico "Príncipe das Faces", a inteligência da primeira Sephira, e o suposto diretor de Moisés. Sua numeração é 314, a mesma do título da Divindade Shaddai, o 'Todo-Poderoso'. É também o Anjo do mundo de Briah e o que conduziu os israelitas através do deserto e, portanto, o mesmo que "o Senhor Deus" Jeovah. Dito nome se assemelha à palavra grega metathronon ou 'próximo ao trono'. Metatron é, em grego, anjo (mensageiro), ou o Grande Instrutor (Doutrina Secreta, III, 388). Este nome se aplica igualmente ao Homem perfeito ou divino (Id., I, 362)." (Glossário Teosófico).

Embora seja pertinente tal interpretação, seu significado segue todavia polêmico. Por isto, inicialmente, devemos observar que, para Gershon Scholen, a verdadeira escrita era Mitatron, com "i", aproximando-nos do vocábulo Mithra, a famosa divindade solar árya (persa e hindú) que os romanos adotaram após conquista da Pérsia, e que os historiadores dizem que teria sido a religião universal caso o Cristianismo não tivesse vencido. Tão forte era o culto em Roma que, no sincretismo cristão, a data do Natal é tirada do evento solsticial que celebrava o "nascimento" de Mithra. A religião judaica recebeu também muita influência persa.

A Mercabah é a grande profecia da Última Raça, de natureza solar, preparando o grand finale deste ciclo cósmico. A Raça Árya iniciou na Era de Touro, e trion significa "bois (de lavra)". O culto mitraico envolvia sacrifícios de bois, remontando à mesma Tradição que gerou o culto ao boi Ápis no Egito e a adoração da vaca na Índia. O recinto onde se realizava o culto chamava-se Mitrayon, palavra que se assemelha ao sânscrito mitrayu ou ao pali mittayu, "afetuoso, amigo", simples variante de maitri. Relaciona-se assim ao Dhyani-Buda do Ocidente, Amitaba ("luz infinita"), sobretudo na sua forma de Amitayus ("vida infinita"), que os japoneses reunem na figura de Amida, o buda da Terra Pura, representante da família-lótus na mandala dos dhyani-budas. Amitaba é a corruptela de "Buda-Amrita", o superior de Avalokiteshwara (Chenrezig).

E com isto chegamos naturalmente ao nome do novo Buda, Maitreya, "o Amigo". Assim, Mitatron é o veículo de Deus, como o "boi do Sol" na Odisséia de Ulisses, ou o boi no qual Lao Tsé partiu para a Terra Eterna, sendo que as datas de Gautama são todas celebradas em Maio ou em Taurus, o querubin ou touro alado De resto, o único que se encontra realmente junto ao Trono de Deus é o último Avatar, Maitreya ou Kalki. Podemos assim sem muitas dificuldades encontrar os traços comuns destes nomes através da unidade etimológica árya.

* Mensagem divulgada pelo prof. Luís A. Weber Salvi no Dia da Despedida Cósmica, o 31 de Dezembro de 2000.

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