Regressado de mais uma viagem
aos Andes, trazemos novas e interessantes informações sobre a maior ave do
mundo, o Condor (do quéchua kuntur), cuja
envergadura de asas pode chegar a três metros (o Condor andino é um pouco
maior, mais claro e mais preservado que o californiano, abaixo).
Inicialmente, cabe desmistificar
certa imagem predadora do grande pássaro. Ele não “rapta” pequenos carneiros e
muito menos crianças, pois não tem instrumentos para a predação habitual. A
exemplo de outros abutres (dos quais é o maior, embora atualmente esteja sendo
classificado como outra família), o Condor é saprófago ou detritívoro, pois quase
apenas pode se alimentar das vísceras de animais mortos.
Também é interessante que o
Condor tampouco pode descer até as planícies, sob pena de não conseguir
levantar vôo mais. Mais do que qualquer outra ave, o Condor necessita do
impulso da queda para adquirir velocidade e então voar. Uma vez no alto, ele se
vale das correntes de ventos para seguir apenas planando por centenas e
centenas de quilômetros, subindo e descendo em círculos sobre as cordilheiras, enquanto
contempla a terra...
Os pássaros que convivem com as
altas cordilheiras naturalmente se tornam os que voam mais alto, e algumas destas
espécies podem se chocar eventualmente com aviões de carreira (cujo “vôo de
cruzeiro” é de onze mil metros de altura). Por tudo isto, não é coisa fácil capturar
boas imagens dos condores em vôo.
Outro traço bonito dos Condores
é que eles são monógamos, e quando idosos, quando o parceiro morre eles também
definham e perecem, por inanição porém, e não se jogam das alturas como contam
algumas lendas... Claro que os riscos que correm os Condores são grandes,
especialmente os norte-americanos, por caça envenenada (chumbo de caça), fios
elétricos, caçadores e destruição ambiental.
Na verdade algumas coisas podem
ser associadas simbolicamente, como o alimento casual e o destino das alturas. Tudo
isto é ilustrativo da figura do Condor na Hierarquia dos Pássaros, simbolizando
a Sexta Iniciação ou Ascensão. O Mestre Ascenso nunca chega a descer
fisicamente à Terra, isto é, não adota atitudes materiais e terrenas, não vive
para trabalhar e talvez nem trabalhe para viver: trabalha apenas por amor...
Vive nas alturas da Agartha sagrada, é afeito às montanhas que roçam os céus
como axis mundi.
Para saber mais sobre a
“Hierarquia dos Pássaros” (Maçonaria Cósmica), ver a obra “O Portal de Farohar”, Ed. Agartha.
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